sexta-feira, 4 de outubro de 2013

QUE DOR É ESSA?

Saiba quais são as lesões mais comuns em corredores e atletas e os seus sintomas – para que você procure um médico o quanto antes!

Quando se tem um objetivo claro em mente, a vontade de treinar e se superar muitas vezes é maior do que a própria capacidade do corpo. É preciso tomar muito cuidado para que a ansiedade não leve a um excesso de esforço, principalmente se o tempo de descanso não for adequado. Quando o estímulo gerado pela corrida excede a capacidade do organismo de se recuperar, o resultado não poderia ser outro: as temidas lesões.

Claro, que há muitas outras questões, que influenciam o aparecimento e a gravidade dessas lesões. Há desde fatores intrínsecos, relacionados diretamente às características fisiológicas do corredor, como idade, sexo, alinhamento dos membros inferiores, tipo de pisada, desequilíbrios musculares e histórico de lesões, até fatores extrínsecos, que remetem ao planeamento e ambiente dos treinos.

O primeiro sinal de uma lesão – a não ser no caso de traumas diretos e intensos, como uma torção – são pequenos incómodos, dores aparentemente inofensivas. Mas, com o tempo, essa dor vai evoluindo até o ponto em que inviabiliza o treinamento, caracterizando-se como uma lesão cronica mais grave. Por isso, o correto é consultar um médico logo no início dos sintomas de dor, para que o tratamento seja mais fácil e o retorno, mais rápido.
Uma Cartilha do Corredor, revela quais são as lesões mais frequentes entre os corredores e os seus sintomas. Se você se identificar com algum deles, é bom procurar um especialista!


Confira:

Síndrome da banda Iliotibial
Geralmente associada a joelhos varos (projetados para fora) ou ao encurtamento da musculatura lateral da coxa, essa lesão ocorre quando o tendão do trato iliotibial (musculatura da região externa da coxa) começa a ser atrito com a proeminência óssea externa do joelho, causando inflamação e dor.

Sintomas:

  • Dor localizada na região externa do joelho; 
  • Dor com início súbito durante a corrida, com melhora ao repouso; 
  • Limita as distâncias da corrida.

Fasceite plantar
Reação inflamatória da fáscia plantar, tecido conjuntivo localizado logo abaixo da pele da sola do pé que sustenta as estruturas internas do pé. Pode estar associada a diversos fatores, como overtraining, corrida em superfícies muito duras, calçados inadequados, aumento repentino na intensidade ou duração dos treinos, aumento súbito de peso ou sobrepeso em geral.

Sintomas:
  • Dor na sola do pé, com início na região do calcanhar e propagação para o resto do pé; 
  • A dor inicialmente aparece após as corridas, mas, com a evolução da lesão, surge logo na primeira pisada após acordar.

Tendinopatia do tendão de Aquiles
Associada ao encurtamento da musculatura da panturrilha ou ao excesso de pronação. Em casos mais severos, o tendão pode sofrer rutura parcial ou total.

Sintomas:
  • Dor localizada na região posterior do calcanhar, com aumento gradual; 
  • Desconforto durante a manhã, principalmente nas primeiras pisadas; 
  • Com a progressão da dor, pode haver desconforto também após o exercício, principalmente em treinos de longa distância.

Stress tibial
Popularmente chamada de canelite, trata-se de uma inflamação na membrana que envolve o osso da tíbia. Está associada a uma sobrecarga súbita na carga de treino, corrida em superfícies muito rígidas, hiperpronação e utilização de calçados inadequados. Se não tratada corretamente, pode evoluir para uma fratura por stress.

Sintomas:
  • Dor profunda na região anterior da canela; 
  • Dor à palpação.

Fratura por stress
São pequenas rachaduras na superfície do osso, provocadas pelo impacto repetitivo da corrida, ou seja, sem um trauma externo directo. É comum entre corredores na região da canela, mas também pode ocorrer nos ossos do metatarso (localizados logo atrás dos dedos do pé), no fémur ou na região pélvica.

Sintomas:
  • No início, a dor aparece na forma de fadiga muscular constante na região lesionada. Com o desenvolvimento da lesão, a dor se torna aguda e localizada no ponto específico da fratura, impossibilitando a corrida.

Síndrome patelo-femoral
Também conhecida como “joelho de corredor” é, de longe, a lesão mais comum na corrida. Ocorre quando há alteração no percurso original da patela em relação ao fémur, gerando atrito entre ambos. Pode ser provocada por desequilíbrio muscular, déficite de alongamento ou alinhamento articular irregular nos membros inferiores. Sua evolução pode conduzir à condromalácia patelar, desgaste da cartilagem entre a patela e o fêmur.

Sintomas:
  • Dor localizada abaixo e ao redor da patela, com piora durante a corrida; 
  • Sensibilidade na região dos joelhos; 
  • Inchaço na região do joelho.

Lesão muscular
Varia de contraturas e estiramentos à rutura de fibras musculares, geralmente associada à tensão súbita imposta a um músculo ou grupo muscular que se encontra em contração.

Sintomas:
  • Dor aguda em um ponto específico do músculo lesado; 
  • Contratura muscular intensa; 
  • Inchaço no local da dor.

Dor muscular tardia
É um desconforto muscular sentido de 24 a 48 horas após algum treino incomum ou severo. Deve-se a uma série de microlesões provocadas no tecido muscular, que mostram que o estímulo fornecido pelo treino foi intenso o suficiente para gerar adaptações do organismo a um novo patamar de condicionamento. É uma dor normal, desde que o tempo de repouso até o próximo treino seja respeitado.

Sintomas:
  • Dor generalizada na musculatura trabalhada durante o treino, que aparece de 24 a 48 horas após o término do exercício;

Ver também: 
Como prevenir a dor lombar
Dúvidas sobre dor nas costas
Dor ciática


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