segunda-feira, 30 de setembro de 2013

CICATRIZAÇÃO EM TEMPO RECORDE

Já ouviu falar em plasma rico, em plaquetas? Método promete abreviar em 50% o tempo de recuperação de lesões, amenizando a dor e acelerando o processo de cura.

Sofrer algum tipo de lesão. Esse é o maior medo de qualquer corredor. Só de pensar nas dores, o tempo longe das pistas, uma possível intervenção cirúrgica, as provas perdidas, o condicionamento indo pelo ralo, é de dar calafrios! Todos sabem que, para fugir desse pesadelo, há um conjunto de regras básicas de prevenção, como fortalecer músculos, planear uma evolução gradual dos treinos, respeitar o tempo de descanso adequado, dormir bem, ter uma alimentação equilibrada, não extrapolar os limites. Na teoria é fácil, já na prática…Quem nunca escorregou em pelo menos um desses itens? Sem contar as lesões inevitáveis, provocadas por algum trauma físico.

Por isso, é incessante a pesquisa por novas técnicas de tratamento e pelo aperfeiçoamento das que já existem. Uma delas é o PRP, plasma rico em plaquetas. Esse método chegou ao Brasil há alguns anos com o status de revolucionário, mas, apesar de hoje comum entre atletas profissionais, ainda é pouco conhecido no universo running. A técnica faz uma promessa ambiciosa: diminuir o tempo de recuperação pela metade. “Aceleramos a cicatrização, regenerando e preservando a qualidade do tecido atingido”, afirma o traumatologista e ortopedista desportivo um dos pioneiros na utilização da técnica.

O método funciona assim: o sangue do próprio paciente é colhido e processado, de forma que se separe um concentrado de plaquetas. Aí está o segredo. Além de apresentarem importante papel na coagulação, as plaquetas carregam fatores de crescimento, que ajudam a cicatrizar e reparar tecidos. O tratamento se dá pela injeção do plasma rico em plaquetas no local da lesão, com ou sem necessidade de cirurgia. “Retiramos o próprio sangue do paciente, centrifugamos até extrair o PRP, que é injetado no local da lesão em uma quantidade de seis a oito vezes maiores do que o organismo produz. Imediatamente começa a alteração celular, que demoraria em média 10 dias para acontecer”, explica.

A técnica não funciona apenas com tecidos musculares, mas também ósseos e tendíneos, abreviando o tempo de retorno ao desporto após lesões ou diminuindo dores cronicas. Alguns estudos já comprovam sua eficácia no tratamento a determinadas lesões, como na cicatrização de lesão patelar, mas é importante ressaltar que o uso da técnica, ainda recente, só deve ser feito com indicação médica (e criteriosa).

Um trabalho intensivo de fisioterapia deve acompanhar a fase de recuperação.

Sem comentários: