Já ouviu falar em plasma rico, em plaquetas?
Método promete abreviar em 50% o tempo de recuperação de lesões, amenizando a
dor e acelerando o processo de cura.
Sofrer algum tipo de lesão. Esse é o maior medo de qualquer corredor. Só de
pensar nas dores, o tempo longe das pistas, uma possível intervenção cirúrgica,
as provas perdidas, o condicionamento indo pelo ralo, é de dar calafrios! Todos
sabem que, para fugir desse pesadelo, há um conjunto de regras básicas de prevenção,
como fortalecer músculos, planear uma evolução gradual dos treinos, respeitar o
tempo de descanso adequado, dormir bem, ter uma alimentação equilibrada, não
extrapolar os limites. Na teoria é fácil, já na prática…Quem nunca escorregou
em pelo menos um desses itens? Sem contar as lesões inevitáveis, provocadas por
algum trauma físico.
Por isso, é incessante a pesquisa por novas técnicas de tratamento e pelo
aperfeiçoamento das que já existem. Uma delas é o PRP, plasma rico em
plaquetas. Esse método chegou ao Brasil há alguns anos com o status de
revolucionário, mas, apesar de hoje comum entre atletas profissionais, ainda é
pouco conhecido no universo running. A técnica faz uma promessa ambiciosa:
diminuir o tempo de recuperação pela metade. “Aceleramos a cicatrização,
regenerando e preservando a qualidade do tecido atingido”, afirma o
traumatologista e ortopedista desportivo um dos pioneiros na utilização da
técnica.
O método funciona assim: o sangue do próprio paciente é colhido e processado,
de forma que se separe um concentrado de plaquetas. Aí está o segredo. Além de
apresentarem importante papel na coagulação, as plaquetas carregam fatores de
crescimento, que ajudam a cicatrizar e reparar tecidos. O tratamento se dá pela
injeção do plasma rico em plaquetas no local da lesão, com ou sem necessidade
de cirurgia. “Retiramos o próprio sangue do paciente, centrifugamos até extrair
o PRP, que é injetado no local da lesão em uma quantidade de seis a oito vezes
maiores do que o organismo produz. Imediatamente começa a alteração celular,
que demoraria em média 10 dias para acontecer”, explica.
A técnica não funciona apenas com tecidos musculares, mas também ósseos e
tendíneos, abreviando o tempo de retorno ao desporto após lesões ou diminuindo
dores cronicas. Alguns estudos já comprovam sua eficácia no tratamento a
determinadas lesões, como na cicatrização de lesão patelar, mas é importante
ressaltar que o uso da técnica, ainda recente, só deve ser feito com indicação
médica (e criteriosa).
Um trabalho intensivo de fisioterapia deve acompanhar a fase de recuperação.
Ver também:
A hora do gelo
Compressa quente ou fria?
Recupere com a termoterapia
Fonte: http://www.suacorrida.com.br/saude/cicatrizacao-em-tempo-recorde/
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