Os adutores
são um conjunto de músculos que se estendem pela face interna da coxa, desde a
virilha até ao joelho.
Este grupo muscular é composto por cinco músculos, que
são divididos em adutores curtos e longos.
O pectíneo, o adutor curto e o adutor longo vão desde a
pélvis até ao fémur e por isso são denominadas adutores curtos.
O adutor magno e o gracilis vão desde a pélvis até à
face interna do joelho e por isso são denominados adutores longos.
A principal função dos adutores é puxar os membros
inferiores para a linha média, um movimento chamado de adução. Durante a
marcha, eles são ativados para puxar o membro inferior oscilante para o centro
de forma a manter o equilíbrio. Também são usados extensivamente na corrida,
futebol, corrida de obstáculos e qualquer desporto que exija mudanças rápidas
de direção.
A tendinopatia dos adutores da coxa é uma lesão de
sobre uso causada por pequenas lesões (conhecidas como microruturas) associadas
ao uso excessivo do tendão.
Se, depois de cada microruturas, não for dado tempo de
recuperação suficiente, o tendão não se restabelece na totalidade. Isto
significa que ao longo do tempo, os danos no tendão vão-se acumulando, podendo
dar origem a uma tendinopatia dos adutores da coxa.
Estas lesões são mais frequentes no tendão do longo
adutor, próximo à sua inserção na pélvis. Em alguns casos, a inflamação pode
alastrar-se à sinfíse púbica e à inserção dos abdominais.
Caso continue a forçar em demasiado este grupo
muscular, mesmo após os primeiros sintomas, existe a possibilidade de a
condição evoluir para uma rutura da unidade músculo-tendão dos adutores,
tornando o prognóstico de recuperação bastante pior.
SINAIS E
SINTOMAS/DIAGNÓSTICO
Dor na
virilha, na inserção dos músculos adutores, que pode irradiar para a perna.
Dor no movimento de adução resistida (puxar a perna
para dentro)
Dor à palpação da inserção dos adutores, próximo à
pélvis.
Dificuldade em correr, especialmente em sprints e em
mudanças de direção.
Uma boa avaliação, incluindo uma história clínica e
exame atento da anca, sínfise púbica e coxa são geralmente suficientes para
diagnosticar uma tendinopatia dos adutores da coxa.
Um raio-X ou ecografia podem ser pedidos para confirmar
o diagnóstico e avaliar a gravidade da lesão.
TRATAMENTO
Uma vez que a tendinopatia dos adutores da coxa é
uma das lesões tendinosas com maior risco de se tornar crónica, é imperativo
que o tratamento comece logo que os primeiros sintomas são sentidos.
O tratamento deverá incluir:
DESCANSO
Evite as atividades que originaram a dor. Por norma
são aconselhados 5 dias de repouso até recomeçar com alguma atividade física
suave.
GELO
Aplique uma compressa de gelo na área lesada, colocando uma toalha fina entre o gelo e a pele. Use o gelo por 20 minutos e depois espere pelo menos 40 minutos antes de aplicar gelo novamente. Deve ser utilizado apenas na fase inflamatória (os primeiros 2-3dias).
Analgésicos e anti-inflamatórios não-esteróides poderão ser receitados pelo médico para controlar o processo inflamatório e aliviar as dores.
Aplique uma compressa de gelo na área lesada, colocando uma toalha fina entre o gelo e a pele. Use o gelo por 20 minutos e depois espere pelo menos 40 minutos antes de aplicar gelo novamente. Deve ser utilizado apenas na fase inflamatória (os primeiros 2-3dias).
Analgésicos e anti-inflamatórios não-esteróides poderão ser receitados pelo médico para controlar o processo inflamatório e aliviar as dores.
O
tratamento em fisioterapia é fundamental para a boa recuperação do tendão, que
pode demorar até 6 meses numa lesão crónica, e deve envolver:
Alongamentos
suaves dos músculos adutores são muito importantes e deverão ser repetidos 3 a
5 vezes por dia. Poderão ser iniciados após o 2º dia, desde que não provoquem
dor.
Exercícios
de fortalecimento muscular progressivo do quadricípite, abdutores e
principalmente dos adutores. Iniciar entre o 3º e o 5º dia com exercícios
estáticos, e, desde que não cause dor, progredir para exercícios dinâmicos.
A
aplicação de calor antes dos exercícios para aumentar a irrigação sanguínea e
de gelo no final para prevenir sinais inflamatórios.
Massagem
transversal profunda em dias alternados poderá estimular a reorganização das
fibras do tendão.
Na
última fase do tratamento deve ser introduzida a reeducação do gesto
desportivo. Assim que não tiver dor ou inchaço e tiver uma amplitude de
movimento e força iguais em ambos os membros inferiores poderá reiniciar a sua
atividade. É natural que nos primeiros dias sinta desconforto na virilha no
final do treino/trabalho, no entanto, se os sintomas não tiverem passado no dia
seguinte, deve reduzir a intensidade da atividade.
Depois
da reintrodução à atividade alguns alongamentos e exercícios de fortalecimento
devem ser mantidos para prevenir recidivas.
TRATAMENTO
CIRÚRGICO
É
tido como um último recurso, em parte por existir pouca evidência convincente
para apoiar o uso da cirurgia em vez do tratamento conservador. A cirurgia consiste
na remoção da área afetada do tendão, ou na execução de pequenos cortes nas
laterais do tendão, com o intuito de diminuir a tensão sobre o seu terço médio.
Um
programa intensivo de reabilitação é normalmente recomendado após a cirurgia. A
utilização de exercícios de fortalecimento muscular excêntrico pode ajudar a
estimular a recuperação do tendão.
Exercícios
terapêuticos para as tendinopatias nos adutores da coxa:
Os
seguintes exercícios são geralmente prescritos durante a reabilitação de uma tendinopatia
dos adutores da coxa.
Deverão ser realizados 2 a 3 vezes por dia e apenas na condição de não causarem ou aumentarem os sintomas.
Deverão ser realizados 2 a 3 vezes por dia e apenas na condição de não causarem ou aumentarem os sintomas.
Alongamento dos adutores da coxa
Em
pé, com as pernas afastadas, empurre a bacia para o lado contrário ao músculo a
alongar, de seguida, com as costas alinhadas, incline ligeiramente o tronco à
frente até sentir o alongamento na região interna da coxa e virilha. Mantenha a
posição durante 20 segundos. Alivie lentamente a pressão.
Repita
entre 5 a 10 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.
Fortalecimento dos adutores da coxa
Em
pé, apoiado numa cadeira, com um elástico no tornozelo da perna a fortalecer.
Com a perna esticada, puxe o pé para junto do outro. Regresse lentamente à
posição inicial.
Repita
entre 8 e 12 vezes, desde que não desperte nenhum sintoma.
Antes de iniciar estes exercícios você deve
sempre aconselhar-se com o seu fisioterapeuta.
Ver
também:
Fonte: Internet
Artigo original: http://fisioterapiajoaomaia.blogspot.pt/2012/11/tendinite-dos-adutores-da-coxa.html
Artigo original: http://fisioterapiajoaomaia.blogspot.pt/2012/11/tendinite-dos-adutores-da-coxa.html
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