No jogo de tira-teimas entre GDESSA e
AD Vagos para decidir qual dos dois ocuparia a última vaga na Final
Four, onde será apurado o campeão nacional, levou a melhor a formação
vaguense. Depois da derrota no 2º jogo, as comandadas de João Janeiro
foram mais fortes na negra (72-67), num encontro muito equilibrado, com
muito público a assistir, marcado por várias alternâncias no marcador e
em que a vantagem máxima de qualquer um dos conjuntos nunca foi superior
a seis pontos.
Começou melhor a equipa da casa (6-0), mas rapidamente as forasteiras
se libertaram dentro do campo, respondendo com um parcial de 9-0. Desde
então o equilíbrio foi a nota dominante, sem que nenhuma das equipas
tivesse sido capaz de se destacar no marcador até ao intervalo. Ainda
assim, seria o GDESSA a terminar melhor o 1º tempo, tendo recolhido para
o descanso na frente do marcador por quatro pontos de diferença
(39-35).
No inicio do segundo tempo a vantagem subiu para seis (41-35), mas
bastaram 3 minutos para que o Vagos anulasse a desvantagem pontual
(41-41). O jogo mantinha-se fechado, as duas equipas alternavam no
comando do marcador, mas acabaria por ser a formação da margem sul a
entrar a vencer no derradeiro quarto (54-51).
Mas as comandadas de Nuno Manaia entraram mal no 4º período, dois
minutos sem conseguir pontos, situação muito bem aproveitada pelas
visitantes para dar a volta ao marcador (55-54). O jogo estava emotivo,
muita incerteza quanto ao vencedor, e a meio do último período as duas
equipas estavam novamente empatadas, desta vez a 61 pontos.
Percebia-se que o jogo poderia cair para qualquer um dos lados, e um
triplo de Inês Pinto deu o mote para um parcial de 5-0, favorável às
vaguenses, que a pouco mais de dois minutos do final dispunha de uma
curta mas importante vantagem para gerir até final. As escolares
recusavam-se a desistir, bastou um minuto para reduzirem a desvantagem
para a diferença mínima (65-66), mas quatro pontos sem resposta do Vagos
(70-65), os últimos dois somados a 13 segundos do final do jogo,
colocavam o Vagos na decisão do titulo nacional.
A formação de Vagos venceu a luta dos ressaltos (35-28), 14 dos quais
conquistados na tabela ofensiva, ajudaram a compensar o desperdício da
linha de lance livre (9/16 – 56.3%), bem como uma percentagem nada
famosa da linha de três pontos (5/17 – 29.4%). A maior eficácia nos
tiros de 2 pontos (24/42 – 57.1%) foi decisiva para o sucesso do Vagos,
área do jogo onde Brandie Hoskins (23 pontos, 4 assistências e 4
ressaltos), e principalmente Jessica Lawson (21 pontos e 16 ressaltos)
tiveram papel fundamental. Daniela Domingues (15 pontos, 3 ressaltos e 2
assistências) acabou por ser um bom complemento às exibições das duas
estrangeiras da equipa.
As escolares estiveram melhor nos tiros de longa distância (6/14 –
42.9%), da linha de lance-livre, quantidade e eficácia (15/19 – 78.9%),
mas perderam nos lançamentos de curta e média distância (17/37 – 45.9%).
Ladondra Johnson somou mais um duplo-duplo (25 pontos, 10 ressaltos e 4
assistências), mas nem com a ajuda de Megan Nipe (13 pontos e 6
assistências), Maianca Umbano (13 pontos e 4 ressaltos) e Carolina
Bernardeco (6 pontos, 6 ressaltos e 8 assistências) conseguiu repetir o
triunfo do dia anterior.
Autor: Carlos Seixas
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