O chumbo das
contas do V. Setúbal referentes a 2015 e dos orçamentos para 2016 e 2017
não impede a direção liderada por Fernando Oliveira de levar o mandato
até ao fim. É essa a convicção de Frederico Nascimento, líder da AG do
clube, que viu a rejeição dos sócios como um ‘cartão amarelo’ à gestão
atual. "O mandato em curso termina em março e é para cumprir. É essa a
intenção do presidente da direção e dos órgãos sociais. O sentido de
responsabilidade leva-nos a fazê-lo", afirmou.
A Record, Frederico Nascimento disse que a
possibilidade de se estar a incorrer numa ilegalidade não existe porque
os estatutos são omissos sobre a questão agora levantada. "Não há
consequência direta do chumbo das contas. Os 58 sócios que votaram
contra só deram voto de protesto, não colocando em causa os números
apresentados."
Pensamento semelhante tem o presidente do Conselho Fiscal, Afonso
Luz, que não hesita na hora de identificar os opositores entre os 120
associados que estiveram na madrugada de ontem no pavilhão Antoine
Velge. "A maior parte das pessoas que se manifestaram contra perderam as
eleições [2014] e apareceram para contestar a gestão. É natural e não
foi uma surpresa."
Demissão
Opinião diferente sobre a cor do cartão a Fernando Oliveira e sobre os efeitos do chumbo da contas tem o ex-presidente Jorge Santana, um dos associados que reprovou as contas. "A direção e os órgãos sociais levaram cartão vermelho. Se houver uma réstia de dignidade, só lhes resta a demissão em bloco", exigiu lançando um repto. "Resta-nos encher os pulmões, mobilizar-nos e encontrarmos alternativas credíveis e capazes."
Autor: Ricardo Lopes Pereira in "Record"
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