Foto: Câmara municipal de Setúbal |
A importância do trabalho das coletividades em prol da sociedade foi
destacada no 10.º Encontro do Movimento Associativo de Setúbal,
realizado no dia 15, no Fórum Municipal Luísa Todi.
No ano em que Setúbal ostenta o título de Cidade Europeia do Desporto, a
Câmara Municipal organizou o encontro regular do associativismo com o
tema “Setúbal 2016 / Cidade Europeia do Desporto – Do Desporto para
Todos aos Grandes Eventos Desportivos – Os Desafios e as Oportunidades”.
Na sessão de abertura, o vereador da Cultura, Educação, Desporto,
Inclusão Social e Juventude, Pedro Pina, salientou a filosofia de
valorização de um tecido associativo “dinâmico, autónomo, criativo e
empreendedor, capaz de aceitar e promover sinergias para a cooperação
no concelho, em concreto uma articulação que permite a concretização de
um conjunto de iniciativas no âmbito de Setúbal Cidade Europeia do
Desporto.”
O autarca reforçou a importância de “valorizar a participação dos
atores na construção de instrumentos da política municipal associativa,
como forma de promover a participação cívica e a criação de dinâmicas de
democracia participativa”.
No mote da reflexão, Pedro Pina invocou ainda o direito à cultura
física e ao desporto, conforme consta na Constituição da República
Portuguesa, salientando que também em Setúbal o desporto é um direito.
“É um espaço de igualdade e de oportunidades. É o caminho que
queremos traçar, de uma cidade aberta ao mundo, que não escolhe a idade,
o género, nem a cor nem a religião. O desporto foi o sonho que nos fez
sonhar e caminhar em conjunto por uma cidade melhor”, afirmou.
O debate de ideias que junta o movimento associativo do concelho visou
apontar caminhos para o futuro e promover o conhecimento e o exercício
da cidadania junto das pessoas e das organizações interessadas na
temática do desporto.
O presidente da Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura, Recreio (CPCCRD), Augusto Flor, acentuou que “é um ato de inteligência” quando autarcas e dirigentes associativos se juntam para debater e desenvolver projetos, com vista à resolução de problemas.
Na sessão de abertura do encontro, Augusto Flor relembrou os princípios
do associativismo, para notar a particularidade de este estar
intimamente relacionado com a formação da Constituição Portuguesa.
“Está escrito nela a liberdade de pensamento, depois a liberdade de
expressão, a liberdade de reunião e depois a liberdade de associação. O
associativismo é isto. E, para haver mais associativismo, tem de haver
liberdade de pensamento e de expressão. Tem de haver liberdade de união e
só depois é que existe a liberdade de associação”, afirmou.
O encontro, dinamizado ao longo de todo o dia, contou com várias
intervenções de dirigentes associativos e especialistas na área das
coletividades, períodos de debate e mesas de trabalho destinadas à troca
e partilha de experiências.
O presidente da Associação Portuguesa das Cidades Europeias do
Desporto, Nuno Santos, reconheceu o modo como Setúbal tem vivido este
ano em que ostenta o título.
“O objetivo deste projeto é, na sua génese, agregar de todas a
formas as forças desportivas e também aproximar a autarquia da
população. Setúbal tem cumprido bem o desafio a que se propôs”, afirmou.
Após a sessão de abertura, na primeira conferência do encontro, Nuno
Santos, juntamente com o vice-presidente da Câmara Municipal de
Guimarães, Amadeu Portilha, abordaram o impacte local, social e
desportivo que esta cidade do norte de Portugal teve após ter sido
Cidade Europeia do Desporto 2013.
Guimarães foi a primeira cidade europeia de desporto em Portugal e
ganhou, posteriormente, o título de melhor cidade europeia do desporto.
O exemplo da cidade algarvia de Loulé, Cidade Europeia do Desporto em
2015, foi igualmente tido em conta, como forma de paralelismo futuro
para a cidade de Setúbal.
“Temos vindo a perceber que ao longo do ano de 2016 as atividades
realizadas em Loulé são um espelho daquilo que aconteceu no ano
anterior. Em Setúbal, para o ano, também será assim, estou convencido
disso”, afirmou Nuno Santos.
Na segunda conferência do dia, que discutiu “O Movimento Associativo
Popular Identifica Problemas e Aponta Soluções para o Futuro”, Augusto
Flor descreveu a experiência da Confederação Portuguesa das
Coletividades, com base nos dados conseguidos após o congresso nacional
do setor, em 2015, compilados numa publicação, editada em setembro.
O 10.º Encontro do Movimento Associativo de Setúbal, que contou com a
presença de vários dirigentes associativos de várias associações
desportivas do concelho de Setúbal e representantes do poder local,
abordou ao longo do dia várias temáticas.
Na mesa de debate foram também apresentados casos práticos de
participação do movimento associativo, através da apresentação de “O
Desporto e as Suas Dinâmicas”, a cargo de Leonel Silva, do Clube de
Ténis de Mesa de Setúbal, e a “Génese e Desenvolvimento do Clube de Vela
do Sado na Cidade Europeia do Desporto”, com António Santos, do Clube
de Vela do Sado.
Num segundo painel de reflexão foram apresentadas três experiências. O
presidente da APPACDM de Setúbal, José Salazar, falou sobre “O desporto
como um fator ‘capital’ de inclusão”. De seguida, João Terlim apresentou
“Club de Rugby de Setúbal – Um Projeto para o Futuro”.
“Setúbal 2016: os novos desafios para o Clube de Ténis de Setúbal” foi o
tema do terceiro caso em análise, apresentado por António Estêvão,
presidente desta agremiação.
A sessão de encerramento da reunião anual do associativismo contou
novamente com uma intervenção do vereador da Cultura, Educação,
Desporto, Juventude e Inclusão Social da Câmara Municipal de Setúbal,
Pedro Pina.
Fonte: Câmara Municipal de Setúbal
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