Foto: VFC |
O treinador do Vitória, José Couceiro, abordou a deslocação a Chaves
para a Liga NOS e referiu que “iremos defrontar uma excelente equipa,
que tal como o Vitória ainda não perdeu este ano. Conseguimos fazer um
bom jogo no Estádio da Luz, com o Arouca também, mas não nos deixamos ir
em euforias porque o Chaves é uma excelente equipa, que foi escolhida
criteriosamente e tem um bom treinador. O Chaves teve capacidade para ir
buscar muitos jogadores de qualidade. É uma equipa que nos vai criar
imensas dificuldades como nós pensamos criar-lhes.
O que nós temos de
fazer? Temos de ser mais organizados, ter mais qualidade para trazer um
resultado positivo. Vai ser complicado. Não podemos comparar este jogo
com os anteriores. A equipa do Vitória terá de manter a esma atitude e
criar, se possível, um futebol ainda de melhor qualidade”, dando a
receita para o jogo, nesta que será a mais longa deslocação do Vitória
para a Liga NOS.
O treinador de 53 anos não se coibiu de comentar o facto de o Vitória
ter utilizado um grande número de portugueses nas primeiras três
jornadas, revelando, inclusivé, alguma surpresa por tal facto; “Apenas
reparei nesse dado, quando um jornal desportivo o mencionou durante esta
semana. Não me sinto mais orgulhoso por isso. Não olho a
nacionalidades. Tenho nove estrangeiros no plantel e o resto é português
mas não há essa distinção, nem a de idades nem sequer a de estatuto.
Temos um índice elevado de jogadores portugueses no plantel e portanto
também é normal que joguem mais portugueses do que seria expectável. O
que penso que é importante é perceber-se que as compensações que são
devidas pela formação limitam muito o aparecimento de jogadores vindos
de campeonatos inferiores. Mesmo as equipas de Primeira Liga, não têm
capacidade para arriscar em jogadores que nós não sabemos se vão chegar a
um nível que nós não compreendemos e estarmos a pagar compensações
obrigatórias tão elevadas. Portanto, é bom que se pense nisso numa forma
séria e perceber que se um jogador chegar a um nível elevado, sou da
opinião que deve haver uma compensação monetária. Os muitos clubes que
apostam no futebol jovem devem ser compensados mas deve criar-se uma
regra diferente para aparecerem em primeiro plano esses jogadores
portugueses que estão em campeonatos inferiores. Devemos analisar isto
de uma forma estrutural e não de ano a ano, apenas, porque dá mais jeito
a alguém. Com o talento que João Amaral tem, deveria ter aparecido há
cinco anos e não agora, aos 25, por exemplo. É lamentável que percam
tanto tempo para chegar a um futebol de primeiro nível”, tocando num
assunto chave e que deveria ser alvo de um debate mais aprofundado, a
bem do Futebol Português e dos jovens valores nacionais.
Questionado sobre o facto dos adeptos Vitorianos se deslocarem a
Chaves, num jogo a muitos quilómetros de distância e agendado para as
20h15 de domingo, José Couceiro mostrou-se emocionado mas não espantado
pela entrega e dedicação desta fantástica massa associativa: “A mim
diz-me tudo. A minha primeira palavra é de agradecimento para esses
adeptos. Nós próprios decidimos que a equipa ficaria lá em cima. Vamos
pernoitar próximo de Chaves e iniciamos a viagem de regresso na
segunda-feira de manhã. Entendi que a equipa iria sofrer um desgaste
muito grande até porque vamos jogar no sábado seguinte. Para esses
adeptos, quem vai trabalhar na manhã seguinte, é demonstrativo de um
amor fantástico ao V. Setúbal. Vamos empenhar-nos para que, no mínimo,
façam felizes a viagem para casa”, ambicionou.
O jogo entre o Chaves e Vitória realiza-se domingo, pelas 20h15, no
Estádio Municipal Eng.º Manuel Branco Teixeira, em Chaves, num jogo que
terá a arbitragem de Tiago Antunes, da Associação de Futebol de Coimbra.
Fonte: VFC
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