terça-feira, 1 de abril de 2014

Basquetebol »» LFB entra na fase de playoff

Vagos e GDESSA voltam a cruzar-se


A Liga Feminina entra já este fim-de-semana no playoff, com grandes duelos em perspetiva. E a avaliar pelo que aconteceu na fase regular, tudo pode acontecer, por isso é difícil antever vencedores para esta primeira eliminatória. Veja nos detalhes desta notícia o que esperar de cada confronto.
 
À semelhança de todos os encontros entre estas duas equipas, os jogos desta eliminatória irão ser, muito provavelmente, marcados pelo equilíbrio. Curiosamente durante a fase regular, uma vitória para cada lado, venceu sempre a equipa visitante. Algo que ainda torna mais imprevisível e emocionante esta eliminatória. As duas equipas quase se equivalem nos dados estatísticos mais relevantes, se bem que o Vagos comete em média menos turnovers, e o GDESSA é mais eficiente a lançar ao cesto, sendo mesmo a melhor equipa a lançar da linha de 3 pontos. 

Quinta dos Lombos mede forças o Algés
 
A Quinta dos Lombos, com dois títulos já conquistados, é até agora a equipa da Liga que mais sucesso alcançou esta temporada. A formação de Carcavelos possuiu um grupo de portuguesas com muita qualidade, em que algumas delas sabem na perfeição o que é necessário para se ter êxito nesta fase decisiva da época. As opções são muitas, o que proporciona rotatividade, intensidade defensiva e ritmo de jogo elevado. O último reforço a chegar já deu provas que pode ser útil e acrescentar soluções ofensivas à equipa liderada por José Leite.

O Algés, já com a temporada a decorrer, tentou dotar a equipa de maior experiência com jogadoras que pudessem ser referências ofensivas, de forma a disfarçar a grande juventude e inexperiência que reina no plantel. A equipa algesina começou bem a temporada, vitória na Supertaça, tentará agora contrariar o favoritismo dos Lombos que venceu os três jogos até agora disputados entre as equipas. Para discutir esta eliminatória o treinador Manolo Povea terá de “descobrir a fórmula” para conseguir somar mais pontos no ataque, a principal pecha revelada nos confrontos anteriores. 


Olivais desafia ciclo vitorioso do CAB

Depois dos ajustes feitos na equipa durante a paragem da natalícia, o CAB tem se revelado inultrapassável e apresenta-se a este playoff como um forte candidato à conquista do título. As madeirenses deram boa conta de si na Final Four da Taça de Portugal, e a conquista do troféu veio confirmar que o grupo tem tudo que é necessário para alcançar o sucesso. Com as alterações adquiriu experiência, presença interior, capacidade de tiro, tudo isto sem retirar protagonismo à sua base Maria João, a melhor marcadora portuguesa da fase regular. A equipa liderada por João Pedro Vieira desde meio de Dezembro apenas perdeu um encontro pela diferença mínima, e desde então soma 10 vitórias consecutivas. Um capital de confiança muito grande e que poderá contribuir para fazer a diferença neste jogo.

O Olivais tem por isso pela frente um enorme desafio, pois para além da qualidade do adversário, terá de interromper o “estado de graça” das madeirenses. O conjunto de Coimbra deverá manter o bom controlo da posse de bola, condicionar o sucesso ofensivo das jogadores estrangeiras do CAB, pelo que terá todo o interesse que os jogos sejam de baixa pontuação. Embora noutra fase da temporada, o Olivais já venceu na Madeira, assim sendo um triunfo no jogo de abertura desta eliminatória tornaria a passagem na eliminatória naturalmente mais viável.

Equipas açorianas lutam entre si

O basquetebol feminino está muito bem representado nos Açores, com União Sportiva e Boa Viagem a destacarem-se durante a fase regular. Na última jornada a equipa de S. Miguel ganhou o direito a poder decidir em casa a eliminatória, um pavilhão onde se tem mostrado quase intransponível. Sempre bem liderado pela sua norte-americana Jhasmin Player, 41 pontos de média, e com percentagens de lançamento que fazem inveja, o União leva vantagem nos dois confrontos com o Boa Viagem. Lauren Gregory tem sido um bom complemento à sua compatriota, e se é bom nestas alturas ter uma jogadora a quem se possa dar a bola para resolver e consiga lidar bem com a pressão, também não deixa de ser verdade que a dependência nunca é boa... Player poderá contagiar as jogadoras portuguesas e tornar mais fácil a tarefa de atingir a meia-final do playoff em ano de estreia na Liga. Até porque o União domina o ranking dos ressaltos, bem como é das melhores equipas a lançar ao cesto, muito por culpa da influencia de Jhasmin Player.

O Boa Viagem está obrigado a fazer o União baixar a sua habitual pontuação, condicionar o sucesso ofensivo de Player, equilibrar a luta das tabelas, e para essa tarefa conta com o desempenho de Eetisha Riddle, uma mais-valia no capitulo do ressalto. Uma boa seleção de lançamentos, proporcionará melhores percentagens, reduzirá o número de posses de bola bem como diminuirá o ritmo do jogo, aspetos que serão do interesse da equipa da ilha Terceira. Sem esquecer que o Boa Viagem tem no seu plantel jogadoras internacionais com experiência suficiente para se agigantarem nestas fases decisivas da época, e uma base norte-americana com enorme capacidade anotadora.

Fonte: FPB 

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