Está a ser muito promissor o início de
campeonato por parte do GDESSA, já que depois do triunfo alcançado em
Lousada, a equipa do Barreiro manteve a sua invencibilidade, na Madeira,
ao bater o CAB, por 68-65. As comandadas de Nuno Manaia beneficiaram do
facto de terem tido mais posses de bola, segundos lançamentos e
contra-ataques, tudo isto alimentado pela sua excelente presença no
ressalto ofensivo.
A equipa do GDESSA entrou muito bem no jogo, e aos 5 minutos já vencia
por oito pontos de diferença (10-2). Se bem que na segunda metade do 1º
período a ineficácia atacante das madeirenses transformar-se-ia num
grande acerto ofensivo, que conseguiram mesmo dar a volta ao marcador
(18-17). No 2º quarto domínio repartido, com o CAB a começar melhor
(25-21) e a formação do Barreiro a responder até ao intervalo (35-31).
As comandadas de Nuno Manaia nesta fase do encontro tiravam partido do
domínio exibido na luta das tabelas, especialmente na ofensiva (14),
exploravam com sucesso o contra-ataque (17 pontos), e no recomeço da
etapa complementar a diferença subiu para os dois dígitos (45-34). Uma
oportuna paragem no jogo fez despertar o CAB para o jogo, que no final
do 3º período encostou o resultado a dois pontos de diferença (49-51).
As insulares entraram muito mal no derradeiro quarto, cometendo
sucessivos turnovers, 5 os primeiros três minutos, situação bem
aproveitada pelas escolares para se afastar novamente no comando do jogo
(60-51). João Pedro Vieira volta a parar o jogo, mas o minuto não surte
os efeitos desejados. Ladondra Johnson nas áreas próximas do cesto, e
Márcia Costa da linha de três pontos continuavam a fazer mossa na defesa
madeirense, e a diferença voltou a subir os dez pontos (65-53).
Aleighsa Welch bem remava contra a maré, e eram das sua mãos que
surgiam os cestos que aproximavam o CAB no resultado (59-65), mas o
tempo corria a favor da equipa da margem sul. Faltavam menos de três
minutos para o final do encontro, e o desafio que se colocava ao GDESSA
era mostrar-se capaz de gerir uma vantagem que era cada vez mais curta.
E o jogo ganhou ainda mais emoção quando à entrada do último minuto
Carolina Escórcio apontou um triplo que colocava o CAB à distância de
uma posse de bola (64-66). Nos instantes finais a linha de lance-livre
ganhou importância redobrada, bem como os ressaltos ofensivos para os
dois lados. O GDESSA não foi capaz de matar o jogo, e a 2 segundos do
final vencia por três pontos, isto depois de ter desperdiçado mais um
lance-livre. Maria Nunes ainda tentou um triplo mas sem sucesso.
A formação do GDESSA somou quase o dobro dos pontos (24) do adversário
resultantes de turnovers, 19 em contra-ataque e venceu a luta das
tabelas (42-32), sendo que 22 foram conquistados na tabela adversária.
Márcia Costa (22 pontos, 7 ressaltos, 5 assistências e 4 roubos de bola)
fez um jogo muito completo, tal como Ladondra Johnson (20 pontos, 5
ressaltos e 5 assistências). A norte-americana Kamilah Jackson (11
pontos e 11 ressaltos) voltou a mostrar-se muito útil nos dois lados do
campo
Na equipa do CAB, Ijeoma Ofomata (24 pontos e 6 ressaltos) foi
importante para que o CAB reentrasse na discussão do jogo, o mesmo se
poderá dizer de Aleighsa Welch (17 pontos, 7 ressaltos e 4 desarmes de
lançamento). Joana Lopes assinou um duplo-duplo (10 pontos e 10
ressaltos), se bem que não tenha estado muito segura neste jogo no
controlo da posse de bola (8 turnovers).
Autor: Carlos Seixas
Sem comentários:
Enviar um comentário