O GDESSA perdeu o primeiro jogo do
playoff da Liga Feminina com o Vagos, mas a jogadora transforma o
desaire numa fonte de motivação para a equipa, que estará a postos,
garante, para igualar a eliminatória já este fim-de-semana. “O vencedor
não é aquele que nunca cai, mas sim aquele que cai... e que se levanta”,
salienta.
Nem o facto de estar em desvantagem na eliminatória, e sem margem para
erro, retira confiança a Catarina Neves quanto a uma presença do GDESSA
na 2ª ronda do playoff da Liga Feminina. “Se há alguém que pensa que
esta eliminatória está decidida, desengane-se. A verdade é que um
desaire como este pode ser exatamente o catalisador que nos faltava, já
que estamos todas sedentas de mostrar o que valemos verdadeiramente,
tanto a quem está de fora, como (e principalmente) a nós próprias.”
A atleta destaca o facto de algumas das atletas mais influentes do
Vagos já vivenciaram muitos momentos semelhantes a este, pelo que é
natural que isso reflita alguma tranquilidade ao resto do grupo. “A
equipa do Vagos tem ao seu dispor jogadoras como a Daniela Domingues ou
Ana Teixeira, que já levam muitos anos de qualidade na Liga e muitas
experiências de playoff, o que torna a equipa mais estável. Além disso,
têm muita qualidade nas mais jovens, o que acontece também na nossa
equipa.”
As escolares ao longo da fase regular não foram regulares no seu
rendimento desportivo, embora tenham provado, que ao seu melhor, são uma
equipa a ter em conta. “A verdade é que, realmente, o nosso tom ao
longo desta época tem sido de inconsistência e inconstância, o que nos
faz ser difícil perceber o que podemos esperar, tanto das jogadoras mais
jovens, onde isso acaba por ser natural, como até das jogadoras com um
pouco mais de experiência e responsabilidade, como é o meu caso.”
“No entanto, também é nossa marca a atitude de guerreiras e a postura
de quem nunca desiste ou se dá por batido. A qualidade está lá, falta a
serenidade e concentração para a trazer ao de cima em todos os momentos
do jogo.” Catarina é bem clara quanto à capacidade desta equipa do
GDESSA conseguir dar a volta à eliminatória. Desde que o coletivo
consiga exprimir dentro do campo nesta período de maior pressão todo o
potencial que tem.
Existe pressão para os dois lados, se bem que as vaguenses se desloquem
ao Barreiro com a possibilidade de falhar num jogo. A atleta da casa
acredita que o trabalho de continuidade irá dar os seus frutos nesta
fase tão decisiva da temporada. “Vai ser um jogo difícil para os dois
lados, de emoções, como tem que ser um jogo de playoff; mas vamos jogar
em casa, no nosso pavilhão, e com a nossa assistência. Existe pressão do
nosso lado para ganhar, mas há também a consciência tranquila e a
confiança de que vamos colher os resultados que precisamos e merecemos,
porque o trabalho foi bem semeado durante toda a época.”
“O vencedor não é aquele que nunca cai, mas sim aquele que cai... e que
se levanta. E nós vamos estar este sábado já bem de pé.” A voz de uma
líder e de quem acredita que é possível continuar em prova após o
próximo fim de semana.
Autor: Carlos Seixas
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