«Temos a lição estudada»
Catarina Neves e o jogo com o Olivais
O GDESSA volta a marcar presença na
Taça Federação Feminina, e a equipa está apenas focada no jogo da
primeira eliminatória. Catarina Neves não esconde que o grupo gostaria
de melhorar o registo da última temporada, se bem que não exista
qualquer tipo de pressão ou objetivos predefinidos para a competição.
“Tal como na Liga ou noutra qualquer competição, preparamo-nos jogo a
jogo; temos objetivos definidos, sim, mas não criamos grandes obsessões
com aquilo que nos pode, eventualmente, deparar, evitando assim saltar
etapas. Sem dúvida que agora só estamos concentrados em ganhar ao
Olivais na sexta-feira e focados nesse jogo em específico. A partir daí,
continuamos com a mesma mentalidade, tentando melhorar a marca dos
últimos dois anos, que foi a meia-final.”
A atleta reconhece talento no adversário, num grupo em que é notória a
mescla de juventude e experiência. Os resultados anteriores registados
entre as duas equipas pouca importância têm, até porque se trata de uma
prova com características diferentes. “O Olivais é uma equipa cheia de
jogadoras jovens com potencial. Aliado a esse talento mais cru, o
Olivais conta também com algumas jogadoras nucleares que embora jovens,
contam já com muita experiência de Liga. Isso diz-nos que muito embora
nos dois últimos embates a vitória tenha caído para o nosso lado, nada
está garantido.”
Catarina prevê uma eliminatória equilibrada, em que os dois conjuntos têm soluções e desejo de chegar à ronda seguinte. “O ritmo e competitividade que as mais novas imprimem no jogo, conjugados com as boas decisões e serenidade que as mais experientes asseguram, fazem com que o Olivais vá para esta eliminatória com a lição bem estudada e com muitas ganas para equilibrar a balança. No entanto, também nós vamos com a lição estudada e com muita ambição de chegar à meia-final.”
A chegada de uma atleta norte-americana veio acrescentar qualidade ao
conjunto de Coimbra, beneficiando nesta prova de mais tempo de
entrosamento com as noves companheiras. “O Olivais já conta, desde o
início do ano com uma nova jogadora poste estrangeira, que vem ajudar, e
muito, no jogo interior. Há que notar que existe para todos os atletas
um período de adaptação a um novo cenário: a um diferente campeonato,
equipa, língua e país. Portanto, se no primeiro jogo esta jogadora não
foi tão influente, claramente já se viu que esse período de adaptação se
deu por terminado e notou-se um ascendente no seu jogo no passado
fim-de-semana, prova de que é um mais aspecto perigoso da equipa do
Olivais a ter em conta.”
Mas o perigo pode vir de mais atletas, sobretudo na eficácia que têm
tiro de longa distância, e pela forma como gostam e são perigosas a
jogar em campo aberto. “É uma equipa que tem várias jogadoras muito
perigosas a lançar de 3 pontos, onde saliento a Joana Bernardeco e a Ana
Fonseca. Também há que ter atenção à velocidade do jogo do Olivais,
principalmente nas saídas para o contra-ataque, com várias jogadoras a
saírem rápido, tal como a Fonseca, a Artémis e a Marcy, e com a Joana
Bernardeco a conseguir muitas vezes alimentá-las com passes longos. Por
último acho que vai ser decisivo dominar as tabelas para ganhar o jogo.
Nesse capítulo, é importantíssimo garantir que jogadoras sempre
presentes no ressalto, como a Josephine, a Veiga e a poste
norte-americana, não tenham a oportunidade para o fazer.”
Autor e foto: FP de
Basquetebol
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