CALDAS RC *12-15 VITÓRIA RUGBY (2-2)
Tempo soalheiro, vento forte - o que condicionou cada uma das partes do jogo, algum público, pouco vibrante.
Tempo soalheiro, vento forte - o que condicionou cada uma das partes do jogo, algum público, pouco vibrante.
A jogar a favor do vento na 1ª parte, o Vitória de Setúbal dominou esta parte do encontro.
Com uma equipa muito unida e mais completa face aos últimos jogos, fortemente pressionante sobre a linha de ataque dos caldenses, mais placadora e acima de tudo determinada, os vitorianos obtiveram o primeiro ensaio transformado aos 10 minutos.
Reagiram os caldenses, mas pouco determinados e bem
contrariados pela defesa muito pressionando do adversário, vieram a
cometer erros de manuseamento, aproveitados pelos sadinos
para transformarem uma penalidade aos 20 minutos e conseguirem um
segundo toque de meta os 26 minutos após uma mêlée nos 22 metros caldenses, mal defendida pelos pelicanos.
Ao intervalo Caldas 0-15 Vitória, perfeitamente de acordo com a prestação de ambas as equipas.
Tal só se veio a verificar a espaços, ao invés o jogo caracterizou-se por uma defesa muito determinada dos setubalenses, muitas vezes colocando o jogo no 22 metros caldenses.
Só aos 17 minutos os visitados lograram ultrapassar a linha de defesa
dos visitantes, alcançando o seu primeiro toque de meta, contudo não
transformado.
Quando se esperava um intensificar da pressão pelicana, reagiu o Setubal - excelente a atitude da equipa do Sado! - voltando a instalar o jogo no meio campo caldense, mesmo a jogar com 14, fruto de um amarelo.
Foi só nos últimos 10 minutos que o Caldas se instalou então
definitivamente nos 22 metros adversários, pressionando os últimos 5
metros adversários que defenderam com garra, ainda que recorrendo a
algumas faltas.
Toda esta pressão apenas resultou num ensaio, transformado, talvez na única ocasião em que os pelicanos jogaram com discernimento, e de acordo com o seu estilo de Rugby.
Vitória justa dos de Setúbal, com equipa em crescendo e determinada em
sair da situação classificativa que não corresponde ao valor da equipa, e
novamente jogo menos conseguido dos caldenses, a passar por um período de certa descrença e motivação, talvez fruto de algumas lesões e outras ausências.
Segue-se um curto período de férias e o regresso da 2ª volta augura luta
muito igual quer para o acesso aos três lugares ainda em disputa para o
quartos de final - qualquer das equipas entre o 4º lugar e o 10º os
pode alcançar - quer para a fuga à despromoção já que qualquer uma das
mesmas sete equipas poderá cair nesta situação.
O Loulé conseguiu uma importante vitória que o mantém na nona posição, mas agora apenas a três
Foto: Tonico Fernandes |
pontos do sexto classificado - precisamente o seu adversário do dia -
deixando uma nota de grande equilíbrio entre quase todas as equipas da
Primeirona.
O Vila da Moita, apesar de registar apenas duas vitórias, ocupa a sexta
posição com ligeira vantagem sobre São Miguel e Santarém, que contam com
três vitórias cada um, graças ao registo de pontos de bónus, que lhe é
claramente favorável.
Aliás se observarmos o saldo de pontos classificativos e de ensaios,
verificamos que o Vila da Moita apresenta valores muito favoráveis em
relação aos quatro últimos da tabela e muito semelhantes aos valores
apresentados pelo quarto classificado.
Isto significa claramente que apesar de contar apenas com duas vitórias o
Vila da Moita conseguiu manter um forte equilíbrio em quase todos os
jogos já disputados, tendo perdido apenas uma vez por margem superior a
10 pontos.
O jogo realizou-se numa tarde com temperatura agradável o público não
faltou e como tem sido hábito em Loule as bancadas estavam cheias.
A equipa da casa teve uma entrada forte e inaugurou o marcador bastante cedo com um ensaio não transformado.
O Rugby Clube de Loulé controlou o jogo em todas as suas fazes e
defendeu bem tendo algumas oportunidades para elevar o resultado quer
por ensaios quer por pontapés de penalidades mas não o conseguiu, umas
vezes por culpa própria outras vezes por grandes acções defensivas da
equipa da Vila da Moita.
Já perto do final da 1ª parte a equipa de Loulé voltou a marcar mais um
belo ensaio colectivo levando para o intervalo o resultado de 12-0.
Na segunda parte o jogo foi muito mais equilibrado com algum ascendente da equipa visitante.
A equipa da Vila da Moita com o seu trio de trás bastante rápido, móvel e
bem posicionado aliado ao médio de abertura , Pedro Silva, a usar
magnificamente o jogo ao pé, foram criando perigo e conseguiram marcar
dois ensaios mas apenas uma transformação.
Entre os ensaios da equipa visitante houve uma penalidade convertida por parte da equipa de Loulé pondo o resultado em 15-12.
Nos
últimos 5 minutos assistiu-se a um jogo menos bonito de ambas as partes
onde havia muito coração e vontade de ganhar mas pouca calma e
oxigênio.
Texto e foto: Mão
de Mestre
Sem comentários:
Enviar um comentário