«Preparadas para trabalhar e evoluir»
A Taça Vítor Hugo já faz parte do passado, com as equipas a não terem muito tempo para se lamentarem do que correu mal na primeira competição oficial feminina, uma vez que a Liga começa já este fim-de-semana. Na primeira jornada, GDESSA e Vagos voltam a encontrar-se, e para o técnico Nuno Manaia a formação vaguense é uma das mais fortes da Liga Feminina. Muita qualidade, igualmente muita juventude, mas acima de tudo existirá rigor no trabalho e desejo de ser competitivo. O técnico não tem dúvidas que o Vagos Vagos será certamente um adversário muito complicado de bater, isto porque possui um excelente plantel, formado por jogadoras com muita experiência de Liga portuguesa.
A formação da margem Sul do Tejo começa esta edição da Liga Feminina
diante do Vagos, no próximo fim-de-semana, um adversário “complicado”,
segundo o técnico. Embora ainda seja cedo para avaliar o potencial das
equipas, Manaia considera que, à partida, as mais fortes são as que
estiveram na final-four da Taça Vítor Hugo.
“Já tive a oportunidade de ver a equipa do Vagos por duas vezes esta
época e parece-me ser uma das equipas mais fortes da nossa Liga. Conta
com a experiente Ana Teixeira e com a jovem Daniela Domingues que já é
uma ‘certeza’ do nosso basket. Conta também com diversas internacionais
pelos escalões jovens de Portugal com vontade de se assumirem no
basquetebol nacional. O facto de terem contratado duas jogadoras
americanas que já jogaram em Portugal é sem dúvida uma mais valia, pois a
fase de adaptação ao basquetebol Europeu, nomeadamente à Liga Feminina,
será mais fácil de ultrapassar.”
Uma das estrangeiras da equipa vaguense é bem conhecida de Nuno Manaia,
a quem deseja que apenas confirme todo o seu valor depois desta
jornada. “Do outro lado estará Stephanie Sension que o ano passado
alinhou pelo GDESSA e que deixou bons amigos no Barreiro, mas como se
diz na gíria: "amigos, amigos, negócios à parte. E, apesar de lhe
desejarmos o maior sucesso durante a época, ele que venha apenas após o
jogo com a nossa equipa"
Apesar de atribuir algum favoritismo a grupo de equipas, a experiência
diz que na competição feminina torna-se fácil para uma equipa conseguir
protagonismo e adquirir competitividade. “Tal como na época anterior,
ainda é muito difícil dizer quem serão as equipas mais fortes e que
lutarão pelos troféus em disputa. Parece-me pelo que vi, ao vivo, e pelo
que já tive a oportunidade de visualizar em vídeo, que as 4 melhores
equipas são as que estiveram na Final 4 da Taça Vítor Hugo. Mas basta
que uma equipa em que o plantel não esteja fechado, inclua no seu
alinhamento duas estrangeiras de qualidade, e tudo poderá mudar, pois
provavelmente haverá mais equipas nos lugares cimeiros da competição.”
As metas para esta temporada foram já definidas, embora Nuno Manaia não
tenha alterado a sua filosofia de abordagem aos jogos. “Para o GDESSA
interessa-nos, e foi isso que transmiti à minha equipa, ser competitivo
em todos os jogos, lutar por cada ponto, pois é essa a nossa marca e
assim queremos continuar. No entanto, definimos por objectivos mais
‘palpáveis’ conseguirmos mais do que 50% de vitórias durante toda a
época.”
O trabalho de campo vai exigir mais paciência, embora o técnico
reconheça que haja potencial para formar mais jogadoras que se poderão
destacar no basquetebol feminino nacional. “Numa equipa tão jovem que
perdeu as suas duas principais referências, a Laura Ferreira e a Vera
Correia, temos que ser exigentes, mas também mais tolerantes com o erro.
Toda a nossa equipa está preparada para isso, para trabalhar, para
evoluir, e também para dar ‘asas’ a quem no futuro queira seguir o seu
caminho no basquetebol e que ficará para sempre com a ‘chancela’ do
GDESSA. “
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