A época do SL Benfica é para já de
sucesso absoluto, já que depois do triunfo alcançado no passado
fim-de-semana, no Troféu António Pratas, os encarnados conquistaram, em
Albufeira, a Supertaça Masculina frente ao Galitos do Barreiro (82-63). A
equipa liderada por Carlos Lisboa ganhou vantagem durante o 2º período
do jogo, disparando em definitivo no resultado no recomeço da etapa
complementar. A eficácia no lançamento de longa distância, os
contributos vindos do banco, e a rotação dos jogadores efetuada pelo
técnico Carlos Lisboa ditou a diferença entre as duas equipas. O Galitos
não conseguiu manter o domínio exibido nos primeiros 10 minutos, se bem
que tenha sentido dificuldades para acompanhar o ritmo imposto pelos
benfiquistas, e a estratégia defensiva delineada tenha caído por terra
pela pontaria demonstrada pelos jogadores exteriores do Benfica.
Ao melhor inicio dos benfiquistas (5-0) respondeu a equipa liderada por
Carlos Caetano, ultrapassando algum nervosismo e passividade ofensiva
que revelava nos seus movimentos ofensivos. A defesa da equipa do
Barreiro, 10 pontos sofridos no 1º período, e a liderança de Miguel
Minhava, valiam o comando do jogo por diferenças que chegaram a ser
superiores a 10 pontos. No final do quarto inicial a formação da margem
sul do Tejo vencia por 18-10, um parcial que demonstrava bem o
ascendente dos jogadores do Galitos.
Até ao intervalo, as situações de tiro criadas pelo ataque benfiquista
passaram a ser coroadas de êxito, e Carlos Lisboa “descobria” no banco
as soluções ofensivas para ultrapassar a baixa eficácia no tiro
exterior. Carlos Ferreirnho e Diogo Carreira mexeram no jogo, trouxeram
qualidade e pontos aos movimentos ofensivos do Benfica, enquanto que do
lado oposto a rotação do banco feita por Carlos Caetano colocava a nu a
diferença na profundidade dos dois planteis.
Os triplos começavam a cair, a defesa era mais intensa, o Galitos
sentia mais dificuldades para encontrar o caminho do cesto, desunia-se e
começava a faltar discernimento e disciplina tática para tentar
ultrapassar a boa defesa encarnada. O Benfica conseguiu não só a
reviravolta no marcador, como construiu uma pequena vantagem na segunda
metade do 1º tempo (39-29).
No recomeço da etapa complementar, o conjunto do Barreiro continuava a
apostar mais na proteção das áreas próximas do cesto, mas a eficiência
dos jogadores exteriores do Benfica não baixava, pelo contrário,
aumentava percentualmente. Andrade e Carreira continuavam a destacar-se
nos lançamentos para lá da linha dos três pontos, pelo que foram
decisivos para que a diferença pontual subisse para mais de 20 pontos no
final do 3º período (64-43).
Não mais o Galitos conseguiria reentrar na discussão pelo troféu, com
os dois técnicos a aproveitarem os últimos minutos do encontro para
fazerem rodar as respetivas equipas.
O capitão Diogo Carreira, esteve perfeito neste jogo, converteu tudo
que lançou, 4/4 de 2 pontos, 3/3 de 3 pontos e 6/6 da linha de
lance-livre, para um total de 23 pontos. O ataque encarnado esteve muito
bem na circulação da bola, sempre na procura de um extra passe, tendo
encontrado muitas vezes Carlos Andrade (21 pontos, 10 ressaltos e 2
assistências) e Carlos Ferreirinho (16 pontos e 2 ressaltos) como
soluções ideais para finalizar. Os dois em conjunto fizeram esquecer a
ausência de Jobey Thomas nesta final. Quem também não participou no jogo
foi o norte-americano Ronald Slay, que continua a recuperar de uma
lesão no joelho.
O capitão Miguel Minhava (18 pontos, 9 ressaltos, 4 assistências e 2
roubos de bola) foi sempre um inconformado e bem lutou para que a equipa
se mantivesse dentro do jogo. O norte-americano Benjamim Gresmer (14
pontos e 4 ressaltos) mostrou que é um atirador, e o seu compatriota
Brian Clarke (10 pontos) evidenciou bons pormenores técnicos. Sem dúvida
uma equipa com margem para evoluir e que neste encontro não contou com o
base João Fernandes.
Texto: FP de
Basquetebol
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